A NATUREZA HUMANA

05/08/2011 20:52

 Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, como Ele poderia criar algo mau, se a sua criação é perfeita e sem defeitos?

Deus criou o homem para a perfeição, com condições e recursos que ao longo dos anos, o ser acabou por destruir e macular.

O homem traz em si o germe latente do bem e do belo, a centelha divina dentro dele. É como um diamante bruto esperando para ser lapidado. Os defeitos e as falhas são fruto da ignorância, da fraqueza humana. Todos trazem em si milhões de possibilidades em pé de igualdade, só que cada um aproveita melhor que outros, como a parábola dos talentos em que um prospera com um único talento e outro perde a chance de multiplicá-lo.

O mal só se resolve pela educação, ou seja, educar é salvar, é um apelo dirigido aos potenciais do espírito.

A educação é a única forma de transformar as trevas em luz, os vícios em virtude, o mal em bem.

Jesus foi um grande educador, que acreditava na transformação do homem para o bem, conhecedor da natureza humana sabia que bastava acordar a divindade oculta presente em cada ser, para ele desabrochar.

A nossa consciência sempre será nosso maior juiz e a sentença ouvirá sempre, mesmo quando não aceitamos, censurando nosso comportamento desregrado.

O amor pode mudar a natureza humana, a ser pessoas melhores. Como João nos fala de forma belíssima na Primeira Carta de São João capítulo 4:

7 Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado o seu Filho único, para que vivamos por ele. 10 Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados. (Jo 4, 7 – 10 )

Amor e verdade nunca somem de todo nele, porque é um talento colocado por Deus no coração e na mente de cada homem. “ Jesus purifica e liberta das nossas carências humanas a busca do amor e da verdade e desvenda -nos , em plenitude, a iniciativa de amor e o projeto de vida verdadeira que Deus preparou para nós.” Pe Marcelo

TEXTO RETIRADO DO LIVRO DE VINÍCIUS, O MESTRE NA EDUCAÇÃO, 10ª ED, RIO DE JANEIRO, FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, 2009.

“ Como é possível que o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, seja viceralmente mau? Como se compreende que o Supremo arquiteto haja produzido obras intrinsecamente imperfeitas e defeituosas? Semelhante despautério precisa ser combatido. Lavremos, em nome da fé que professamos, veemente protesto contra a tremenda heresia.

O homem é obra inacabada e obra defeituosa vai um abismo de distância. Os Espíritos trazem consigo os germes latentes do bem e do belo. A centelha divina, oculta embora, como o diamante no carvão, refulge em todos eles. O mal que no homem se verifica é extrínseco e não intrínseco. No seu íntimo cintila o divinal revérbero da face do criador. Os defeitos, senões e falhas são frutos da ignorância, da fraqueza e do desequilíbrio de que a humanidade ainda se ressente. Removidas tais causas, a decantada corrupção humana desaparecerá.

Deus não cria espíritos como escultores modelam estátuas. As obras de Deus são vivas, trazem em si mesmas as possibilidades de autodesenvolvimento. A vida implica movimento e crescimento. “Em cada átomo do universo está escrita esta legenda: para frente e para o alto.” Os atributos de Deus estão, dadas as devidas condições de relatividade, palpitando em cada criatura. Apelando-se para as faculdades profundas do Espírito, logra-se o despertar da célica natureza que nele dorme, atestando a origem donde proveio.”

Vamos todos pensar em sermos pessoas melhores e que nossas vidas tenham significado, ou seja, que façamos diferença nesta vida para nós mesmos e para os outros.

Sejamos úteis a vida.

Mensagem do livro Para que minha vida se transforme de Maria Salete e Wilma Ruggeri Histórias selecionadas

“ Nossa Natureza é o bem”


“Monge e discípulos seguiam por uma estrada. Ao passarem por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pelas margens do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o escorpião o picou, e, devido à dor, o homem sem querer deixou-o cair novamente no rio. Mesmo assim, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.

Quando o monge se juntou aos discípulos na estrada, foi por eles recebido com perplexidade e pena.

_ Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Ele que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o havia salvado! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

_ Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.


Faça sempre o bem, sem olhar a quem.”